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sábado, novembro 03, 2007

Maturidade

Venho finalmente falar no meu blog sobre as relações entre as pessoas. Algo que observo e analiso diariamente, não por que seja a minha área profissional (mas poderia ter sido), mas porque simplesmente me interesso pelo assunto, isto é, interesso-me por pessoas.

Penso que toda a gente já soube de casos, se não na 1ª pessoa até, de pessoas que tudo fazem pelo sua cara-metade (se é que isso existe), mesmo quando o lado de lá tem atitudes injustas e de ataque à auto-estima.

-“Ah ele(a) bebe muito, mas é muito boa pessoa.
-Ah ele(a) é um pouco agressivo(a), mas tem um fundo bom…
-Ah ele(a) é pouco atencioso(a) e carinhoso(a), mas foi assim que foi educado(a),
-Ah ele(a) nunca telefona nem nunca se lembra dos momentos importantes, mas é da maneira de ser dele(a)”...

E poderia continuar aqui, numa lista infindável, de atributos que só a “cara metade” lutadora, consegue ver. Ainda assim, esta não desiste, arranja sempre desculpas, para tentar, perdoar os erros :”se calhar ele reage assim por que eu fiz isto ou aquilo”.

E agora sim, chegamos ao tema deste post: a maturidade! E agora falando no meu caso pessoal, e também de pessoas que observo à minha volta, afirmo:

-Não! O erro não está na pessoa que luta pela relação. Provavelmente, atraiu para a sua vida aquele parceiro, no que resultou em aprendizagem pessoal (e dê graças por isso), mas… aquela pessoa é mesmo assim. Aquilo que faz consigo, faz com outras pessoas também. Não reage daquela maneira, porque você falhou nalguma coisa, é a postura dessa pessoa na vida, é a personalidade dela, não é você que está a ver mal, quando se sente injustiçada.

Digo isto, porque observo uns anos mais tarde, quando reencontro pessoas que de alguma forma, foram incorrectas e/ou injustas comigo, e reencontro-as mesmo em 99% dos casos (talvez a maior parte das pessoas não saibam, mas as pessoas que surgem na nossa vida, por mais insignificantes que achemos que possa ser o seu papel, estão a nós interligadas), venho a descobrir esses anos todos depois, que sempre tive razão o tempo inteiro acerca da pessoa. E constato, que a pessoa fez o mesmo a outra pessoa que não eu, ou alguém me descreve que a personalidade dela é mesmo como eu pensava.

Por isso meus amigos e caros leitores do blog, sempre que estejam numa relação destrutiva com alguém, de amizade ou não, parem imediatamente. Estão mesmo a perder o vosso tempo! Não há nada de errado com vocês, o tempo cura mesmo, e o tempo também mostra a realidade como é, mesmo que seja muitos anos depois…

E deixo-vos aqui com uma frase de um amigo de há uns anos atrás, talvez o amigo mais certeiro, e a frase mais certa que existe nestes casos:

“Quanto mais energia gastas com uma pessoa, menos ela gasta contigo, pois fica com essa tua energia”. Por isso, desperdicem menos a vossa energia com quem não vos dá feedback, e vejam se a “torre de babel” não cai…

ps. Este post é especialmente dedicado a um amigo, que anda há uns anos a perder tempo com alguém platónico, mas que o faz sofrer. Segue o meu conselho…porque acredita, resulta mesmo!

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14 Comentários:

Às 3 de novembro de 2007 às 23:29 , Blogger cadeiradopoder disse...

O que escreveu é uma grande verdade. Aplicando essa lógica a ex-namoradas, por exemplo, em 5 minutos de conversa parece que uma pessoa se lembra logo dos defeitos todos, ainda que se tenham passado já muitos anos. As pessoas não mudam mesmo.

 
Às 4 de novembro de 2007 às 00:08 , Blogger Heidi disse...

Há características da pessoa que dificilmente mudam. Mas para mudar é preciso a pessoa estar predisposta a. Mas isso é uma coisa que não depende de mais ninguém, se não da própria pessoa. Dizermos a alguém que está a agir mal, não vai adiantar nada, se a pessoa não quiser "ouvir", é mesmo perda de energia.

 
Às 4 de novembro de 2007 às 22:10 , Blogger Anyone disse...

olá Heidi! Verdades, escreveste muitas verdades. Quantas vezes "tapamos o sol com a peneira" por algué de quem gostamos e com quem acabamos por ser, profundamente, infelizes? Mas mesmo assim acho que valeu a pena, porque aprendi muitas coisas e só assim soube o que, realmente, NÃO queria. Beijos.

 
Às 4 de novembro de 2007 às 22:31 , Blogger Heidi disse...

Anyone,
antes de mais, benvinda ao meu espaço:-)
Ainda bem que não te arrependeste dessa relação. É sempre uma aprendizagem e como dizes:aprender e saber o que Não queres!
Beijinhos

 
Às 4 de novembro de 2007 às 22:54 , Blogger Pedro Almeida disse...

O problema é que o amor é tudo menos uma coisa racional.
Quando se ama alguém o nosso cerebro faz com que não vejamos os defeitos do outro e só consigamos ver as virtudes, por vezes nem se consegue ver o mal que nos fazem.
O amor é fodido.

 
Às 5 de novembro de 2007 às 00:49 , Blogger Dharma disse...

Ola heidi. Eu sou uma pessoa, confesso um bocado radical no que diz respeito a relações humanas. Eu não acredito num Amor que é violento. Não acredito que uma pessoa que ama outra consiga maltrata-la. Nem sequer acredito que uma pessoa que é maltratada ame na verdade a ou o agressor. Tanto fisico cmo emocionalmente. À primeira "bofetada" vemos quem é na realidade. Concordo contigo... Perca de tempo e energia!
Um beijo e boa seman!

 
Às 5 de novembro de 2007 às 16:39 , Blogger Lu disse...

Dizes aqui uma grande verdade, não podemos andar sempre a dar desculpas para os erros da "cara-metade". Eu não sou nada assim, sei ver o que a outra pessoa tem de bom e de mau e sei pesar se eu consigo viver com esses "defeitos" ou não e quão prejudiciais podem ser para mim!
Penso que todos deveriam ser assim, apesar do amor que possam sentir pela outra pessoa. Temos de saber que o amor não é tudo. Por mais que gostemos de uma pessoa às vezes ela não é o melhor para nós e é aí que reside a questão sabermos ver isso!! Custa mas passa!

Beijocas, bom post.

 
Às 5 de novembro de 2007 às 21:27 , Blogger Heidi disse...

dharma,
assim deveriam agir todas as pessoas. Acima de tudo, respeito por si próprias.
Beijinho

luciana,
que bom seria, se as relações fossem sempre assim entre as pessoas :-)
Beijinho

 
Às 5 de novembro de 2007 às 21:30 , Blogger Heidi disse...

furinhas,
é claro que vemos os defeitos do parceiro. simplesmente parece que o grau de tolerância é maior...

 
Às 7 de novembro de 2007 às 11:37 , Blogger Olelas disse...

Vou responder a este post assim:

Concordo 99.99999 %... so pra nao dizer 100% :p

 
Às 8 de novembro de 2007 às 12:55 , Blogger Anuska disse...

Como te compreendo!!!
Tive uma amiga que se afastou de todos os amigos por causa de uma relação destrutiva... E tudo em nome do amor!!!
Não só estragou a vida como perdeu todos os seus amigos...
Não vale a pena investir numa relação que só traz desgostos e dor por muito que se goste dessa pessoa

 
Às 9 de novembro de 2007 às 16:26 , Blogger Miguel F. Carvalho disse...

o problema é que caímos sempre nesses erros... o amor não é racional... se fosse não era amor

 
Às 11 de novembro de 2007 às 10:08 , Blogger Crítico do caraças disse...

O teu post está certissimo.
Se não se arranjar um ponto de equilibrio numa relação esta irá resultar num sofrimento de um ou de ambos os lados. Há que tolerar (até onde se conseguir pois tudo tem limites) as maneiras de ver, pensar e agir da outra pessoa distintas das nossas e vice-versa. Como não há pessoas iguais a nós mesmos, temos de nos adaptar e caso não consigamos iremos sofrer e a relação não durará muito tempo.

 
Às 12 de novembro de 2007 às 13:55 , Blogger Heidi disse...

miguel,
o verdadeiro "amor" é incondiccional, pois quando é condiccional, pode-se tornar doentio...

dune,
palavras doutas, as tuas. Não estava à espera de receber comments masculinhos. Normalmente, os homens não gostam de falar destes temas...ou talvez sim ;-)

 

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