Forretismo e os forretas actuais
Nos dias hoje, é raro encontrar alguém do género masculino que não seja forreta. Há-os de todos os estilos e feitios, mas a intenção é sempre a mesma. O mais engraçado é que acham que não são, e dão como resposta, sempre que se lhes acusa o dedo de:”eu sou é poupado!”. Claro, quem é forreta poupa, e poupa bem! Ora vejam como ficou o Tio Patinhas?!
Situações caricatas com amigos meus já houve muitas. Desde aquele que nunca pagava sequer o café a uma amiga minha, e uma vez que fomos todos ao cinema, ela pediu para que eu exigisse o dinheiro do bilhete, porque se fosse ela, ele não pagaria:“Tá aqui o bilhete. São 5 euros, por favor!”. Outra que fui com um amigo meu a um restaurante bem conhecido onde as doses são pequenas, e pediu apenas um prato para os dois. E eu:”O quê, mas isso é pouco!!!” Quando veio o prato, constatámos o que eu já tinha dito, e pedi mais um prato. Outro amigo ainda, que uma vez me convidou para jantar em casa dele, e tinha o frigorífico recheado, mas quando me disse pra irmos às compras, eu refutei:”então, mas tens tanta comida no frigorífico” E ele:”Pois tenho, mas foi comprado com o meu dinheiro…” E assim sucessivamente, on, and on…
Para além destas situações e de outras que ficaram por contar, o que salta mesmo à vista, é aqueles indivíduos que mesmo muito depois dos 30 vivem em casa dos pais, mesmo quando têm uma casa comprada sua, mas para outros fins que não viver todos os dias, e o carro topo de gama, telemóvel idem, aparelhagens xpto, que nunca ninguém ouviu falar, sobretudo aqueles que vivem já na sua própria casa e que pagam n despesas associadas à própria, e não podem se dar a esses luxos: afinal o ordenado não estica. É claro que neste exemplo não me refiro aos indíviduos que por baixo salário não têm hipóteses de viver numa casa comprada por si, e não lhes resta alternativa que viver em casa dos pais, infelizmente é assim a vida.
Quanto ao assunto principal do forretismo, resta-me só acrescentar, que encontrei, nesses raros momentos eureka, um amigo que não era forreta. Um bem haja para esse amigo. Pagava jantares, cinemas, cafés, whatever. Mas podem refutar:”ah mas se calhar só pagava às raparigas que estava interessado!” Qual quê? Pagava aos amigos homens também, de tal modo era generoso, que havia alguma rapariga em que estava interessado, e fazia uma festa e convidava todos os amigos. E a rapariga engraçava-se com um dos amigos…azar. Aí, ele brincava com o assunto e dizia:”Vêem? Sou uns mãos largas!”.